Grito

A areia bate-me nos olhos, sinto a cara dormente... Estou em solo duro e frio É de manhã, consigo distinguir a água em tons mesclados entre o azul a amarelo Está sereno o mar, Está brusco vento! Custa-me a levantar, mas vejo a tua silhueta longe, entre a água e a areia Não sei porque não me vês aqui, estás imóvel Chamo por ti, mas responde-me o eco Começo a desesperar, porque é que não olhas para mim! Tento levantar-me, as minhas pernas estão dormentes e os meus pés descalços empolados Que fiz eu? Não me recordo, mas a dor está bem presente E tu aí, sem nenhum sinal Coxeio, passando à vez o peso do corpo para um lado e para o outro de cada perna E é nesse momento que começas a ir embora Grito, tento correr, Mas caio Grito pelo teu nome e é o eco da minha voz que ouço, novamente! E tu Tu segues com a indiferença, como se eu não estivesse lá Eu caio, enrosco-me em mim mesma e percebo qu...