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A mostrar mensagens de março, 2018

Laços de seda

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Não sabia como seria o teu cheiro ou até mesmo a curva do teu sorriso com ou sem covinhas. Queria que me visses a sorrir neste momento... será que sentes as lágrimas a quebrar o trajeto nos meus lábios? São tantas as perguntas e tu ainda tão pequenino a ouvir os meus anseios, sonhos e desejos. Apaziguo-te com a minha mão fria e trémula no alto mais pontudo que consigo ver na minha barriga... e estremeces! São esses movimentos que já sei de cor, toco duas vezes no lado em que estás e foges-me ou quando queres ser teimoso respondes-me com um toque ainda mais pesado. Rio-me porque tens o feitio teimoso do teu pai e a necessidade de te esconderes do mundo como a tua mãe. Sei que tornas-te irrequieto quando sentes o cheiro a comida que cozinho, sinto-te a rebolar aí dentro... por outro lado, as bolachas que molho no leite quente antes de dormir dão-te a serenidade total. À voz do teu pai os teus gestos tornam-se lentos e à minha voz eu desperto-te! Por isso, tudo o que falo e quero

23:23

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Conversa, sorrisos, conversa ... era este o ciclo que fluía!  Estava certa que os silêncios iriam estar presentes e eram esses mesmos que temia... temia o incerto, o vazio e a indiferença.  Ali, naquele preciso momento em que os silêncios apareceram, tu tornas-te-os seguros e intensos.  Afinal quanto ao incerto tu tornas-te-o firme quando deste-me a mão e encaraste-me e o vazio nunca houve, pois tornas-te tudo aquilo único, descartando a indiferença.  23:23?  Com a tua subtileza detalhas-me... não precisas pedir permissão quando espontaneamente fazes de casa aqueles momentos. E é essa casa que me levas todos os dias, onde não sou convidada, mas sim presença constante.  A certeza de que não há lugar do mundo mais seguro do que aquele que construímos.