# O certo no errado

Não te posso ter... eu simplesmente afastei-te... e fui a pessoa mais egoísta ao ver-te ir embora e não te dizer nada, apenas e novamente o silêncio.
Será essa a nossa forma de nos despedir?
Ou será que nos despedimos para sempre?
A realidade abala-me sempre que penso que ver-te, ter-te e amar-te serão verbos que nunca poderei conjugar!
Porque tu fizeste a tua jogada e eu não me movi...
Por medo, por tudo que ainda me assombra... por tudo o que me faz recuar de ti ...
a verdade é que eu tinha a minha vida e tu nas mãos, eu tinha o seguro, eu tinha o quase tudo, mas faltavas-me tu...
Mas ambos sabemos que o meu maior receio é o de te ter e perder o resto...
E eu amava-te e amo, essa é a verdade... apesar de todo o tempo e de tudo eu amo-te por inteiro, amo-te a ti... e acho que sempre será assim!
Mesmo distante estarás em mim tal
como a tua mania de seres o dono da razão
como o meu ritual de tomar cappuccino todos os dias
como a minha mania de pôr a massa antes da água ferver
como a tua mania em saber tudo
como a minha mania de contrariar só porque sim
como a tua mania de comer croissants com duas fatias de fiambre e uma de queijo
como a minha mania de ficar calada
como a tua mania de irritar até ao ponto de explodir
e
finalmente
pela nossa mania de nos armarmos em grandes a fazer vídeos
pela nossa mania de nos rir-nos das quais mais impensáveis
pela nossa mania de nos aventurar-nos por montanhas, praias e rios
pela nossa mania de ver séries até não puder mais
pela nossa mania de discutir até por tudo e por nada
Até um dia... até lá fica com as minhas palavras depois de tanto silêncio
ou então comigo
um dia
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