# CORA ( ) ÇÕES



"Para aí mesmo! Chegaste ao precipício!" 
As palavras soaram-me na cabeça no momento certeiro em que ia dar um passo mais à frente... eu não cedi desta vez! Moldada com o tempo e com as quedas... será que já possuo um mecanismo de defesa... ou serei apenas uma menina que adora cair 
Talvez aí pares e encares-me... 

Sabemos que não me deves nada, nem eu posso cobrar-te nada... 
Só que ...
Eu quebrei as minhas barreiras... 
Transpareci-me  
Despedi uma por uma ... as minhas inseguranças, os meus terríveis medos e receios 
E arrisquei tudo por ti! 

E agora?

Agora... estou deitada num campo, desta vez sem flores, sem cheiros, sem sons... apenas eu a olhar para o nada, já não para aquele telhado de um prédio que esteja por aí... sem ti! 

Desta vez, prometo a mim mesma deixar estes pedaços que estilhaçaram ao redor de mim. Não os vou juntar ...  
Serão eles a prova de que estou viva, mas graças a ti ... que desta vez não atirei-me fundo nos teus braços.... porque não te tenho! 

Assim, podes continuar a construir o teu mundo acompanhado com esse alguém... sem mim, sem nenhum ressentimento... sem fugires mais, sem teres que voltar a mim...

Consegues fazer isso? 

Afinal, tu só vens quando eu arrumei tudo nos devidos lugares 

mesmo estando tudo num desalinho total...

Mas do que importa se tu quando chegas eu já estou com um sorriso no rosto... a sentir a tua falta, as tuas conversas, a tua voz?! 

Seremos nós prisioneiros desta luta? 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A corrida contra o tempo e o meu ritmo

vintecinco

Resiliência