Duyên
Descontrolas-me, mas depois só tu tens a capacidade de me manter sã!
Encontraste-me ainda magoada, mas isso não impediu que te desse um pouco de casa no meu coração. Todos os monstros estavam lá e eu levei-te, mesmo querendo afastar-te. Tu deste-me a certeza de que tudo, aos poucos, passa. E não foi a tua teimosia pelo qual te deixei entrar, enganas-te! Deixei-te entrar porque mostras-te que a bondade reina e que eu merecia o melhor!
O medo sempre foi mais grandioso e aos poucos tomou conta de mim e eu vi-te, não como um porto seguro, mas como uma miragem.
Afastei-te de novo!
Preferia ficar com os medos todos, com as inseguranças para mim e deixar-te no teu mundo, porque era lá que pertencias...
O meu coração sempre se sentiu só... tentei disfarçar! Queria eliminar o teu rasto, por todas as mais óbvias razões...
Usar um antídoto contra a tua ausência que deixas-te em mim
Apagar a memória como se apaga uma simples mensagem
Mergulhar no vazio e sair sem nada teu marcado no meu corpo
Por sinais mais do que óbvios eu sentia a tua falta! A falta de ter-te comigo a comer porcarias dentro do teu ou do meu carro, onde inspeccionavas centímetro a centímetro dos estofos se tudo ficou limpo ao som da minha música preferida no rádio. De corrermos o shopping de início ao fim, de sabermos de cor quais os melhores bancos para nos sentarmos e passarmos a tarde inteira. De me dares a mão quando menos esperava e ficar envergonhada! De passearmos pela cidade a pé e seres tu a não aguentar das pernas de tanto andar...
Enfrentei-te, olhei-te depois de longos meses em que te afastei. Estavas ali bem à minha frente... Olhei-te e senti tudo como antes, o que tínhamos estava ali e eu sempre dei voltas, mas sempre esteve lá.
Tu merecias melhor!
Melhor, eu sei ser melhor, tu ensinaste-me!
Melhor, eu sei ser melhor, tu ensinaste-me!
E eu estou aqui, de vez!
Eu prometo-te!
Deixei os medos!
Agora só moras tu e eu e as nossas parvoíces...
Abraçei-te
Obrigada por tudo!
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