trilho


Pedras já não são tão irregulares debaixo dos meus pés. Para todos os ângulos assimétricos fui dando forma e aos poucos fui ajustando todos os pontos agudos que me cravavam os pés.
Já não sangro...
Não engoli o choro...

Rios correram, mares agitaram-se e ondas derrubaram-me, mas aqui estou na linha que separa o mar da terra!

Descer até à base, onde água bate na areia, foi necessário para ouvir o que só a mim era necessário ouvir... agora apenas a vejo de cima! Levantar foi o passo seguinte, aprender a sentir o solo sozinha mesmo quando sentia os meus pés a afundar e as ondas a querem levar-me... agora nada me faz afundar e as ondas, essas estão distantes, no lugar que as pertencem. Caminhar é o último a reconstruir-se e será o último a todos aqueles que atempam alcançar ou destruir o que venho a solidificar!
E porquê?
Porque não caminho sozinha!!

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